quarta-feira, 30 de abril de 2008

De casa nova

Amigos, como eu tinha postado por duas vezes, deixando um mistério no ar - embora muitos já soubessem da história, hoje é dia de falar de uma novidade. E uma grande novidade.

A partir de hoje, 30 de abril, estou em novo endereço na internet.

Façam o favor de trocar em seus favoritos para este link: http://amilporhora.globolog.com.br

Espero que vocês continuem interagindo comigo tanto quanto faziam aqui no Saco de Gatos.

A fórmula que fez algum sucesso neste blog até aqui independente, vai continuar, vai ter seqüência. Muitas seções vão migrar para o novo endereço e a velocidade seguirá sendo o carro-chefe do novo blog.

Valeu por tudo! Depois de 1.866 postagens, contando com esta, deixo este endereço como uma grande lembrança de dois anos de bons momentos por aqui.

Vejo vocês no A Mil Por Hora!

O exemplo dado lá no outro lado do mundo


Pena que no Brasil não é assim...

A Tokaï University, do Japão, apresentou no último dia 24 seu carro com que vai disputar as 24 Horas de Le Mans.

Trata-se de um Courage LC70 modificado lá mesmo pelos engenheiros formados pela Tokaï e dotado de um motor YGK com o bloco Zytek V-8 de 5 litros de capacidade cúbica e potência ao redor de 630 HP.

O protótipo, que correrá na classe LMP1 com pneus Yokohama Advan, reúne três pilotos locais que se revezarão durante a corrida: o veterano Toshio Suzuki, que venceu as 24 Horas de Daytona em 1992 pela Nissan, foi vice-campeão de Le Mans em 1999 com Toyota e fez duas provas de F-1 pela Larrousse; Masami Kageyama, sexto colocado em 2000 com o Panoz da equipe Asahi Dragon; e Haruki Kurosawa, que ano passado foi vice-campeão da LMP2 em Le Mans na companhia de Adrián Fernandez e Robbie Kerr.

Decida-se, Rubinho!

Já está ficando chato.

Até quando a imprensa será obrigada a abrir manchetes falando do recorde de GPs disputados de Rubens Barrichello?

Num mero exercício de retórica e de matemática, o piloto brasileiro já esteve presente - assim como Riccardo Patrese - em 257 eventos da Fórmula 1. Só que enquanto o italiano não correu em uma única ocasião, o GP da Argentina de 1979, Rubens aparece de fora, para efeito de estatística, em quatro.

O primeiro foi o GP de San Marino de 1994, onde bateu logo no treino livre e, hospitalizado, nem disputou a classificação. Quatro anos depois, ele foi envolvido numa tremenda confusão no GP da Bélgica, em Spa. E em 2002, nas corridas da Espanha e da França, seu carro ficou parado no grid e ele não teve condição de correr.

Em suma: Rubens tem de fato 253 GPs. Se ele conta as três corridas onde alinhou e não correu, ele vai comemorar o recorde em Mônaco. Mas de direito, ele só atinge 257 provas disputadas no GP da França, em Magny-Cours.

Decida-se, Rubinho! Depois não reclame quando o tricampeão mundial Nelson Piquet diz que a única coisa que lhe sobrou na F-1 foi superar a marca do Patrese...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Enigma da semana


Que carro de Fórmula 3 é esse que vemos disputando o famoso GP da Loteria, em Monza?

Aguardo respostas.

Ridículo!

Acabo de ler que o show programado para 1º de maio na praia de Copacabana, que homenagearia com inteira justiça os 50 anos de nascimento do cantor Cazuza, falecido em 1990, não vai mais acontecer.

A ordem é da Secretaria Estadual de Segurança Pública. O motivo? Um cálculo de público estimado em 60 mil pessoas, que poderia ser bem maior por causa dos artistas que se apresentariam, entre eles Zélia Duncan, Ângela Ro Ro, Ney Matogrosso e outros.

Agora... é estranho que a Polícia tenha liberado a realização de um show da cantora baiana Cláudia Leitte para a gravação de um DVD, quando o público esperado era de 80 mil e o total de pessoas que acorreu à praia foi dez vezes maior. Houve confusão e ninguém falou nada. Por que será?

Quer dizer que uma cantora sem raízes cariocas, dona de um repertório chatíssimo e medíocre, pode tranqüilamente cantar sua musiquinha enquanto artistas que queriam homenagear um artista que foi nascido e criado no Rio não podem?

Ridículo!

Que a delegada da 12ª DP, Marta Rocha, encontre outra desculpa. Essa do cálculo errôneo de público não cola!

Por debaixo dos panos

Faz um bom tempinho que não escrevo sobre o caso Max Mosley. Os sites e demais blogs dos meus colegas já trataram de dar espaço suficiente ao assunto e deixar o leitor bem informado. O que todo mundo sabe é que o dia 3 de junho próximo é a data limite para a permanência do dirigente à frente da FIA ou da continuidade de seu mandato até as eleições.

Neste fim de semana do GP da Espanha, em Barcelona, Bernie Ecclestone tentou costurar, com a habitual lábia, um motim das equipes contra a permanência do dirigente-safadinho no comando do desporto do automóvel. Mas o motivo da tramóia, conforme dito por Fred Sabino em seu blog, não é a estripulia sexual de Mad Max Mosley. É outro: dinheiro.

Bernie Ecclestone, que é o todo-poderoso da Formula One Management (FOM), responsável pela parte de logística, promoção, televisionamento e captação de recursos da Fórmula 1, propôs a união das equipes para que o futuro presidente da FIA reparta o dinheiro arrecadado de forma mais salomônica entre as partes interessadas.

Isto posto, durante a reunião do fim de semana, oito equipes manifestaram apoio à proposta de Ecclestone: McLaren, Renault, BMW Sauber, Red Bull, Honda, Toyota, Force India e Super Aguri. Sem dúvida uma boa maioria querendo ver Mosley pelas costas.

Só que três equipes manifestaram-se contrárias: a Ferrari, a Toro Rosso e a Williams. Esta, através dos sócios Patrick Head e Frank Williams, mostrou seu desagrado ao saber que há uma manobra de bastidores para fazer de Jean Todt um candidato de consenso como oposição à figura de Mosley na FIA.

Enquanto todo mundo, nos becos e vielas dos paddocks, trama pelas costas a saída do dirigente, este parte para a ignorância: contratou um detetive particular para devassar a vida da prostituta que desgraçou sua vida no tablóide "News Of The World".

Nada mais patético.

Clip da semana - I heard it through the grapevine

Aos que se acostumaram a ouvir a canção acima com Marvin Gaye, que fez de fato uma regravação belíssima, saibam que em 1970 ela já era sucesso.

Cortesia do Creedence Clearwater Revival, que em quatro ou cinco anos emplacou um sucesso atrás do outro. "I heard it through the grapevine" é um deles.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Discos que já ouvi antes de morrer (XV) - Mutantes / 1969


O segundo trabalho dos Mutantes raramente é lembrado pelos críticos como um álbum bem-feito, no cenário musical brasileiro dos anos 60. Nada menos exato, pois o disco auto-intitulado, lançado pela Philips em 1969, cortou de vez o cordão umbilical que separava os garotos Serginho, Arnaldo e Rita da trupe tropicalista, uma vez que Gil e Caetano foram presos no fim de 68 - o que decretou o fim do movimento.

Entretanto, o ano que é celebrado por muitos como "aquele que não terminou" foi riquíssimo em experiências musicais para a rapaziada da Pompéia. Passaram por uma verdadeira prova de fogo na eliminatória paulista do FIC, como banda de apoio de Caetano Veloso em "É Proibido Proibir" e conquistaram a simpatia dos cariocas na apresentação da final nacional, com "Caminhante Noturno", música que rendeu ao maestro Rogério Duprat o Troféu André Kostelanetz como o autor do melhor arranjo do festival.

Pouco depois, o grupo seria convocado a ir para Cannes, no MIDEM, apresentar algumas de suas canções e isto precipitou o lançamento do segundo disco, que precisou ser concluído a toque de caixa no Estúdio Scatena, em São Paulo. Escolado no trabalho com os Mutantes, Manuel Barembein comandou a gravação, que contou com a presença de Dinho Leme tocando bateria. Dinho, para quem não sabe, é irmão do comentarista de automobilismo Reginaldo Leme, da Rede Globo, e já acompanhara o grupo no Festival Internacional da Canção.

"Caminhante Noturno" já estava pronta por causa do Festival e causou sensação em razão dos inúmeros efeitos sonoros, da voz robótica de Arnaldo falando "Rota de Colisão! Perigo! Perigo! É Proibido Proibir!" e os corinhos de "Bicha!" dirigidos a Johnny Dandurand, que aparecia de surpresa no palco do FIC para o caótico happening proposto por Caetano em "É Proibido Proibir".

Outra música também inscrita em festival e incluída no disco foi a ciranda lisérgico-roqueira "Mágica", que irritou a turma politizada que assistia o Festival da Excelsior porque era uma música, para eles, pueril demais para o Brasil de 1968 - mesmo com a citação a "Satisfaction", dos Rolling Stones, no fim da canção.

Avacalhação era com eles mesmos, tanto que "Dom Quixote", apresentada no Festival da Record com todos usando máscaras sinistras de borracha e smoking, evocava uma mistura de Dulcinéia com o Chacrinha e Sancho Pança.

A música inclusive teve que ter um verso trocado a pedido da Censura, mas os meninos e Rita Lee nem ligaram. Ao vivo, cantavam a letra como tinha sido escrita. No disco, um som fake de aplausos, encobria os versos censurados.

A jeca high-tech "2001", escrita por Tom Zé, é outra grande sacada do disco, misturando o futuro e astronautas com modinha de viola, o theremin tocado por Rita Lee e guitarras elétricas ao fundo. Foi outra música que o grupo inscreveu em festivais e que arrancou aplausos até dos que dela não gostavam.

"Não Vá Se Perder Por Aí" é outro clássico do grupo, com guitarras gritando e um vocal bem sacado de Rita e Arnaldo, que aparece com a voz totalmente diferente em "Dia 36", graças ao uso de uma voice box na saída de áudio de um órgão e de um efeito criado por Cláudio César, o Professor Pardal do grupo, que inventou o wooh-wooh, distorcendo e deixando o som do baixo como se estivesse vomitando.

As invencionices do grupo não se traduziam só na criatividade de Cláudio César. Com a ajuda do maestro Duprat, eles eletrificaram a doce "Banho de Lua", sucesso em fins dos anos 50 com Celly Campello e já esquecida em meio à cruzada tropicalista e das músicas de protesto. Fizeram de "Rita Lee" uma simpática canção, um mix de "Penny Lane" com "Ob-La-Di Ob-La-Da": com certeza algo que muita gente dos anos 80 / 90 não teve capacidade de conceber.

Ainda havia espaço para "Fuga Nº II", celebrada pelos fãs como uma das melhores músicas da história da banda, assim como "Qualquer Bobagem" (outra composição de Tom Zé), cantada... e gaguejada por Arnaldo Baptista, num dos bons momentos do disco.

Mas aquela que é considerada a maior ousadia do grupo no disco é "Algo Mais", que os Mutantes não tiveram o menor preconceito em gravar. Tratava-se de um jingle que eles compuseram para uma série de comerciais da Shell, estrelados por eles entre 68 e 69, e celebrado por Nelson Motta, que escreveu o texto da contracapa - onde aliás os três estavam caracterizados de alienígenas e com seis dedos em cada uma das mãos.

Cabe uma explicação: o disco quase se chamou O Sexto Dedo, nome de um filme de ficção científica visto pelos três e que inspirou a estranha foto tirada por Cynira Arruda. Felizmente a idéia não saiu do papel.

A centelha criativa que existia nessa época e que fez dos Mutantes uma referência musical no país, mesmo com o fim da Tropicália, rapidamente se esvaneceu. Com exceção de uma ou outra música nos três discos seguintes até 72, o grupo jamais seria o mesmo, mergulhando-se em trips egocêntricas que culminaram com a saída de Rita Lee e depois com a decadência da banda até o melancólico fim em 1978.

Ficha técnica de Mutantes
Selo: Polydor / PolyGram
Produção: Manuel Barembein
Gravado nos Estúdios Scatena em São Paulo, em dezembro de 1968
Tempo total: 42'43"

Músicas:

1. Dom Quixote (Arnaldo Baptista / Rita Lee)
2. Não Vá Se Perder Por Aí (Raphael Vilardi / Tobé)
3. Dia 36 (Johnny Dandurand / Mutantes)
4. 2001 (Tom Zé / Rita Lee)
5. Algo Mais (Mutantes)
6. Fuga Nº II (Mutantes)
7. Banho de Lua / Tintarella di Luna (B. Filippi / F. Migliacci - versão: Fred Jorge)
8. Rita Lee (Mutantes)
9. Mágica (Mutantes)
10. Qualquer Bobagem (Tom Zé / Mutantes)
11. Caminhante Noturno (Arnaldo Baptista / Rita Lee)

Made in Brasil


Esta belezinha da foto parece um Porsche, não é mesmo?

Bem... é um Porsche, mas é uma fiel réplica do carro alemão.

Trata-se do modelo Super 90 da Envemo, que foi totalmente reconstruído na oficina da Stuttgart, importadora oficial da marca alemã, em São Paulo.

Fotografei esta beleza no sábado, depois das provas da Porsche GT3 Cup Challenge em Interlagos, e quem me contou, todo orgulhoso, que o carro era "made in Brasil" foi o Douglas Pires, irmão do Dener e que é um mestre na mecânica dos carros teutônicos.

O estofamento é em couro azul, os tapetes, a forração e a capota retrátil, também. Um carro impecável, mas que conserva um segredo: o motor é Porsche 1.6, derivado do modelo 356.

E deve ser uma delícia de se dirigir!

Seriados: top 100?

A revista dos assinantes da NET (que pode ser comprada nas bancas para quem não tem a programação de TV a cabo - é o meu caso) veio com matéria de capa neste mês que termina sobre os 100 melhores seriados de todos os tempos.

A lista, como qualquer uma do gênero, suscita dúvidas.

Eu, como grande fã de Friends, acho que o 4º lugar geral atribuido ao seriado é injusto. A atração é uma das melhores em todos os tempos. Podia ser tranqüilamente Top 3 ou até a melhor de todas, primazia que coube a Seinfeld.

Como preferência não se discute...

Observe que há bastante seriados nacionais e muita coisa antiga. Mas numa lista que contempla Os Normais como a segunda melhor produção brazuca da lista (a primeira é Armação Ilimitada, sem dúvida à frente do seu tempo pela linguagem jovem, moderna e renovada), não se pode admitir que coisas bacanas como Plantão de Polícia estejam de fora.

Bem, aí está a lista:

100. Hart To Hart (Casal 20)
99. The A-Team (Esquadrão Classe A)
98. O Bem-Amado!
97. The Nanny
96. SWAT
95. Scrubs
94. My Name Is Earl
93. James West
92. Hawaii Five-O (Havaí 5-0)
91. Futurama
90. The Addams Family (A Família Addams)
89. Arrested Development
88. 21 Jump Street (Anjos Da Lei)
87. The 4400
86. O Vigilante Rodoviário
85. Cilada
84. Sanford And Son
83. A Família Trapo
82. Rin-Tin-Tin (As Aventuras de Rin Tin Tin)
81. CSI: NY
80. Kung Fu
79. Dawson’s Creek
78. All In The Family (Tudo Em Família)
77. Magnum, P.I. (Magnum)
76. Will & Grace
75. Bonanza
74. Carga Pesada
73. Monty Python’s Flying Circus
72. The Monkees (Os Monkees)
71. That ’70s Show
70. TV Pirata
69. Commissaire Maigret (Inspetor Maigret)
68. Monk
67. The Office (UK)
66. Mission: Impossible (Missão: Impossível)
65. Kojak
64. Law & Order
63. CSI: Miami
62. Ugly Betty
61. Law & Order: SVU
60. The Untouchables (Os Intocáveis)
59. Beverly Hills, 90210 (Barrados no Baile)
58. Nip/Tuck
57. Fantasy Island (A Ilha Da Fantasia)
56. The Man From UNCLE (O Agente da UNCLE)
55. Miami Vice
54. Alfred Hitchcock Presents (Alfred Hitchcock Apresenta)
53. Gilmore Girls
52. Grey’s Anatomy
51. Prison Break
50. Beavis and Butt-Head
49. Two And A Half Men
48. 3rd Rock From The Sun
47. Chips
46. National Kid
45. 30 Rock
44. Mary Tyler Moore
43. Desperate Housewives
42. The Six Million Dollar Man (O Homem De Seis Milhões de Dólares)
41. Land Of The Giants (Terra De Gigantes)
40. A Grande Família
39. MacGyver (Profissão: Perigo)
38. Absolutely Fabulous
37. Rome (Roma)
36. Os Normais
35. Curb Your Enthusiasm
34. Married… With Children (Um Amor de Família)
33. Weeds
32. The West Wing
31. The Office (US)
30. Moonlighting (A Gata E O Rato)
29. Columbo
28. ER (Plantão Médico)
27. The Time Tunnel (O Túnel do Tempo)
26. South Park
25. The Twilight Zone (Além Da Imaginação)
24. The Wonder Years (Anos Incríveis)
23. Heroes
22. I Love Lucy
21. Mash
20. Charlie’s Angels (As Panteras)
19. I Dream Of Jeannie (Jeannie É Um Gênio)
18. Six Feet Under (A Sete Palmos)
17. CSI
16. Batman
15. Star Trek (Jornada Nas Estrelas)
14. Bewitched (A Feiticeira)
13. The X-Files (Arquivo X)
12. Lost In Space (Perdidos No Espaço)
11. Armação Ilimitada
10. Get Smart (Agente 86)
9. The Simpsons (Os Simpsons)
8. House
7. 24 (24 Horas)
6. Sex And The City
5. The Sopranos (A Família Soprano)
4. Friends
3. Twin Peaks
2. Lost
1. Seinfeld

Kova já foi para casa

Às 12h30 (hora de Brasília), o finlandês Heikki Kövalainen recebeu alta médica do Hospital General de Cataluña, após o violento acidente sofrido no GP da Espanha neste domingo em Barcelona.

Submetido a um impacto de 26G (ele bateu a 220 km/h num espaço de 100 milisegundos), Kövalainen saiu queixando-se de dores fortes no cotovelo, de acordo com a equipe. Mas uma tomografia generalizada não constatou qualquer lesão interna ou fratura. O piloto teve apenas uma concussão craniana, que pode lhe ocasionar alguma tontura e vômitos nas próximas 48 horas, mas esta é uma reação considerada normal pelos médicos.

Como o espaço de tempo entre os GPs da Espanha e da Turquia é mais do que razoável, Kövalainen não corre o mesmo risco de Robert Kubica, que bateu ano passado no Canadá e não correu nos EUA, uma semana depois, sendo substituído por Sebastian Vettel.

Últimas de Le Mans: Aston confirma trios e lista de reservas só tem três carros


Atual campeã das 24 Horas de Le Mans na classe LMGT1, a Aston Martin, que neste ano presta uma homenagem à primeira vitória da Gulf na clássica prova francesa, há quatro décadas, confirmou hoje a formação dos dois trios de pilotos para os DBR9 que têm sido numerados como #007 e #009.

No primeiro carro, estarão dois pilotos que já passaram pela Fórmula 1 e inclusive foram companheiros na Sauber-Mercedes, não só na categoria máxima, como também no Mundial de Protótipos: Heinz-Harald Frentzen e Karl Wendlinger terão a companhia do veloz italiano Andrea Piccini, que já disputou a prova ano retrasado pela AMR.

O segundo Aston Martin da equipe Gulf reúne experts na pilotagem do carro: o australiano David Brabham, o espanhol Antonio Garcia e o escocês Darren Turner. Destes, o filho de Jack Brabham é o mais experiente em Le Mans, indo para a disputa de sua 15ª corrida.

Ao mesmo tempo, o Automóvel Clube do Oeste (ACO), organizador das 24 Horas, publicou uma nova lista de suplentes, contendo apenas e tão somente três carros:

R1 - #21 Epsilon Euskadi - Epsilon Euskadi ee01 Judd LMP1
R2 - #75 IMSA Performance Matmut - Porsche 997 GT3 RSR LMGT2
R3 - #88 Team Felbermayr-Proton - Porsche 997 GT3 RSR LMGT2

A Saulnier Racing já entrou como primeira da lista, pois a Tafel Racing caiu fora. As equipes IPB Spartak, Creation Autosportif, Spyker Squadron e Larbre Competition retiraram as inscrições de seus segundos carros. O ACO aceita substituições até o dia 23 de maio, quando sai a lista oficial dos 55 participantes dos treinos livres e classificatórios.

Roube com moderação?

Ricardo Divila, antenado com tudo, manda e-mail mostrando um interessante ranking. Em 2006, o Brasil conseguiu a classificação de "corrupção moderada" no Índice Global de Integridade.

De acordo com a reportagem de Carlos Tautz, o país leva à risca a chamada lei de Gérson - em referência mais do que explícita ao comercial do cigarro Vila Rica, onde o meio-campista (que era fumante notório) dizia para a câmera.

"Gosto de levar vantagem em tudo, certo?"

E nessa de "levar vantagem" é que o Brasil tem 73 de 100 pontos possíveis no ranking mundial da corrupção, levantado pelo Global Integrity Index.

O gráfico acima indica que os problemas mais graves de corrupção são dentro da sociedade civil e na administração política - haja visto o que acontece nas esferas executivas nas cidades, nos estados e principalmente em Brasília. Mas é interessante perceber que no ranking regional das Américas - Latina e do Norte - o Brasil está ligeiramente atrás da Argentina e bem distante do líder do continente, os EUA.
Como o índice se baseia no "quanto menos pontos, mais corrupção", nota-se que Guatemala e México estão piores do que nós.

Mas será? Com escândalos grassando por aqui desde o conturbado período de Collor como presidente, passando pelas manipulações de FH que acobertaram dezenas de inquéritos parlamentares e as bordoadas que todo mundo senta no governo do Lula, é possível que neste país se "roube com moderação"?

Eu não acredito em coelhinho da páscoa, você acredita?

domingo, 27 de abril de 2008

Iguais, pero no mucho


Olhem bem para a foto acima.

Quem consegue perceber uma diferença entre o carro do finlandês Kimi Räikönen e o do brasileiro Felipe Massa?

Será que isto influenciou no desempenho dos dois durante o fim de semana?

Aguardo respostas.

Discos que já ouvi antes de morrer (XIV) - Bayou Country / 1969


John Fogerty e Doug Clifford montaram os grupos The Visions e The Golliwogs antes de irem para o exército estadunidense. Quando saíram do serviço militar obrigatório, o irmão de Jon, Tom Fogerty e Stu Cook se juntaram a eles para montar o Creedence Clearwater Revival, que em 1968 gravou e lançou seu primeiro disco, auto intitulado, que continha os clássicos "I Put A Spell On You" e "Susie Q" .

O segundo trabalho é ainda melhor. Bayou Country é irresistível. Puro rock and roll do Mississipi, resvalando no blues de raiz e na música country. Nada mais lógico que o álbum tenha como título uma referência aos alagados que vão do Texas à Louisiana e também aos nativos Cajun e Creole, da região.

Interessante é saber que John Fogerty de sulista nada tem. Ele é da Califórnia, mas isto em nada empana o brilho do CCR. O álbum Bayou Country é repleto de grandes músicas, a começar pela faixa título, "Born On The Bayou", passando por uma versão revisitada e acelerada de "Good Golly Miss Molly", clássico cantado por Little Richard nos anos 50.

"Proud Mary", porém, é o primeiro single que leva os quatro rapazes ao estrelato. Não foi à toa que o jornalista Dave Marsh, em artigo escrito há quase 30 anos, colocou o Creedence como a melhor banda de singles dos EUA. É bem possível que tenha sido, pois a partir daí, foram mais outros sete trabalhos vendidos no formato que renderam ao CCR sete discos de ouro e platina pelos dois anos e meio seguintes.

Ficha técnica de Bayou Country
Selo: Fantasy / PolyGram
Produção: John Fogerty
Gravado nos estúdios RCA em Los Angeles, no segundo semestre de 1968
Tempo total: 34'05"

Músicas:

1. Born On The Bayou (Fogerty)
2. Bootleg (Fogerty)
3. Graveyard Train (Fogerty)
4. Good Golly Miss Molly (Robert Blackwell / John Marascalco)
5. Penthouse Pauper (Fogerty)
6. Proud Mary (Fogerty)
7. Keep On Chooglin' (Fogerty)

IMPRESSIONANTE!

Já tem no Youtube o acidente monumental de Stéphane Ortelli nos 1000 km de Monza. Imagens retiradas da televisão tcheca.



O acidente é assustador! E é impressionante que Ortelli, de 38 anos de idade, tenha tido apenas um tornozelo fraturado. As chances deste carro ser reconstruído para os 1000 km de Spa, daqui a duas semanas, são mínimas. E a participação do piloto nas 24 Horas de Le Mans corre riscos.

O invicto

O protótipo Peugeot 908 HDi FAP permanece invicto na Le Mans Series. Hoje, com 44 carros no grid, foi disputada a 2ª corrida do campeonato, os 1000 km de Monza. E se na primeira corrida, deu Gené / Minassian, hoje foi a vez de Pedro Lamy / Stéphane Sarrazin faturarem o troféu de campeões - e com alguma dificuldade, visto que o Audi R10 TDi de Mike Rockenfeller / Alexandre Prémat não lhes deu trégua ao longo de 173 voltas. Tanto que a dupla franco-alemã chegou meros 47"672 atrás, uma diferença considerada pequena para uma prova longa.

O passeio dos carros turbodiesel foi grande no circuito transalpino, pois o 3º colocado, o Pescarolo Judd de Harold Primat / Christophe Tinseau chegou em terceiro a quatro voltas do vencedor, mas com apenas 2"113 de frente para o Creation AIM de Stuart Hall / Robbie Kerr. Hall guiou por dois terços da prova e foi um dos grandes destaques da competição.

Minassian / Gené, apesar dos problemas iniciais, salvaram um bom quinto lugar, adiante do Audi de McNish / Capello, que chegou em sexto. A Rollcentre Racing marcou mais dois pontos na divisão LMP1, com Vanina Ickx / Duncan Tappy.

Entre os abandonos desta divisão, o mais marcante foi o do Courage Oreca de Soheil Ayari / Stéphane Ortelli, com este último ao volante. Com pouco mais de 4 horas de prova e 147 voltas de prova completadas, o piloto francês perdeu o controle do protótipo em razão de uma quebra, não acertou o Audi de Allan McNish por um triz e capotou inacreditáveis sete vezes antes de se destruir por completo. Motor e câmbio foram para um lado e a célula de sobrevivência pro outro.

Ortelli sofreu fratura de tornozelo, dificilmente correrá em Spa daqui a duas semanas e sua presença nas 24 Horas de Le Mans já é tida como incerta.

Na classe LMP2, o Porsche RS Spyder do Team Essex comandou a trifeta na divisão. John Nielsen / Casper Elgaard venceram com 26"582 de vantagem para Jos Verstappen / Peter Van Merksteijn, que permanecem líderes do campeonato. Jan Lammers / Fredy Lienhard / Didier Theys fecharam um glorioso pódio para a marca alemã.

Thomas Erdos fez o que pôde com o Lola AER EX265 da equipe RML e foi quarto colocado na categoria, 11º na geral. Warren Hughes e Mário Haberfeld conseguiram fazer quilometragem com o Embassy Zytek WF01. Deram 155 voltas e terminaram na 18ª posição geral, oitavo na classe.

A vitória na divisão LMGT1 foi do Aston Martin DBR9 do Team Modena, com Antonio Garcia / Tomas Enge completando a prova em 15º na geral, e com apenas 12"254 de vantagem para o Vette de Beretta / Moreau / Goueslard, com quem a dupla do time britânico brigou o tempo todo. O outro Vette da Alphand chegou em terceiro e o Lambo da IPB Spartak fechou em quarto. Só estes carros participaram da prova na classe.

E na LMGT2, a Virgo Motorsport não teve vez. A vitória na pista foi do Porsche 997 GT3 RSR da IMSA Performance Matmut, numa ótima prestação de Richard Lietz / Raymond Narac. Porém, numa "canetada" dos comissários, a dupla foi desclassificada dos 1000 km de Monza. O Porsche de Lars-Erik Nielsen / Allan Simonsen / Richard Westbrook, com excelente performance deste último, herdou então a vitória. A Ferrari de Kaffer / Ehret ficou em segundo no grupo, com um carro igual, de Aucott / Daoudi, ficando na terceira posição.

Resultado dos 1000 km de Monza por categorias:

LMP1

1. Pedro Lamy / Stéphane Sarrazin
Peugeot 908 HDi FAP - 173 voltas em 4h59min07s955, média de 201,019 km/h

2. Mike Rockenfeller / Alexandre Prémat
Audi R1o TDi - 173 voltas em 4h59min55s627

3. Harold Primat / Christophe Tinseau
Pescarolo P01 Judd - 169 voltas em 5h00min03s494

4. Stuart Hall / Robbie Kerr
Creation CA07 AIM - 169 voltas em 5h00min05s607

5. Marc Gené / Nicolas Minassian
Peugeot 908 HDi FAP - 167 voltas em 5h00min09s299

6. Dindo Capello / Allan McNish
Audi R10 TDi - 166 voltas em 4h59min16s721

7. Duncan Tappy / Vanina Ickx
Pescarolo P01 Judd - 166 voltas em 5h00min52s107

8. Jan Charouz / Stefan Mücke
Lola B08/60 Aston Martin - 155 voltas em 5h00min35s416


LMP2

1. Casper Elgaard / John Nielsen
Porsche RS Spyder - 165 voltas em 4h59min12s189, média de 191,678 km/h

2. Jos Verstappen / Peter Van Merksteijn
Porsche RS Spyder - 165 voltas em 4h59min38s771

3. Jan Lammers / Fredy Lienhard / Didier Theys
Porsche RS Spyder - 164 voltas em 5h00min13s240

4. Thomas Erdos / Mike Newton
MG Lola EX 265 AER - 164 voltas em 5h00min38s185

5. Pierre Ragues / Matthieu Lahaye
Pescarolo P01 LMP2 Judd - 163 voltas em 4h59min38s025

6. Jean de Pourtales / Hideki Noda
Lola B06/43 Mazda - 162 voltas em 4h59min37s631

7. Miguel Pais do Amaral / Olivier Pla
Lola B05/40 AER - 161 voltas em 4h59min18s955

8. Mário Haberfeld / Warren Hughes
Embassy WF01 Zytek - 155 voltas em 4h59min26s525


LMGT1

1. Antonio Garcia / Tomas Enge
Aston Martin DBR9 - 159 voltas em 5h00min09s959, média de 184,116 km/h

2. Olivier Beretta / Patrice Goueslard / Guillaume Moreau
Corvette C6-R - 159 voltas em 5h00min22s213

3. Jean-Luc Blanchemain / Sébastien Dumez / Patrice Manopoulos
Corvette C6-R - 155 voltas em 5h00min47s853

4. Roman Rusinov / Peter Kox
Lamborghini Murciélago GT-R - 153 voltas em 4h59min33s638


LMGT2

1. Lars-Erik Nielsen / Allan Simonsen / Richard Westbrook
Porsche 997 GT3 RSR - 151 voltas em 5h00min22s576, média de 174,734 km/h

2. Pierre Ehret / Pierre Kaffer
Ferrari F430 - 151 voltas em 5h00min48s151

3. Ben Aucott / Stéphane Daoudi
Ferrari F430 - 150 voltas em 4h59min25s513

4. Andrea Chiesa / Benjamin Leuenberger
Spyker C8 Laviolette GT2 - 147 voltas em 5h00min42s381

5. Peter Kutemann / Mauro Casadei / Maurice Basso
Ferrari F430 - 146 voltas em 4h59min31s119

6. Alex Davison / Marc Lieb
Porsche 997 GT3 RSR - 141 voltas em 5h00min41s998

7. Paul Daniels / Markus Palltala / Tim Sudgen
Porsche 997 GT3 RSR - 135 voltas em 5h00min53s334

Procissão veloz


Muito pouca coisa pode ser dita de uma corrida chatíssima como o GP da Espanha deste domingo, em Barcelona. Kimi Räikkönen construiu sua segunda vitória no campeonato no treino de classificação, superando Alonso no último suspiro para marcar a pole position. Com 50% do caminho percorrido, o atual campeão mundial fez tudo certo nas 66 voltas da corrida.

Felipe Massa, que fechou a dobradinha ferrarista, fez o que lhe foi possível. Passou Alonso na largada e conservou a posição até o final. Nunca teve possibilidade de alcançar o finlandês, embora tenha virado voltas bastante rápidas. E no final, com as variantes de aderência e o tráfego dos retardatários, ele teve que suar dentro do macacão para se manter à frente de Lewis Hamilton e Robert Kubica, que chegaram muito próximos dele.

O autódromo, que nos últimos cinco anos ficou absolutamente lotado em razão da Alonsomania, recebeu um bom público, que certamente ficou contente com o extraordinário 2º tempo de Alonso no treino. Mesmo "jogando pra galera", o asturiano mostrou que ainda é um grandíssimo piloto. Largou com o carro bem mais leve (quatro voltas de combustível a menos), sustentou a terceira posição e poderia ter marcado pontos se o motor não quebrasse.

Com duas entradas de Safety Car, a corrida proporcionou um grande susto: o acidente de Heikki Kövalainen, no primeiro terço de prova, em razão provavelmente do estouro repentino do pneu dianteiro esquerdo a mais de 220 km/h. O finlandês colidiu com uma barreira de pneus, o atendimento foi demorado, mas o piloto já foi trasladado a um hospital para exames mais detalhados. Espera-se que ele esteja fora de perigo e com o mínimo possível de lesões.

Para os outros brasileiros, a corrida foi pra esquecer. Nelson Ângelo Piquet, que fez seu melhor treino do ano, se envolveu em dois incidentes e deixou cedo a corrida. Rubens Barrichello, que segundo suas estatísticas igualou o recorde de corridas de Riccardo Patrese, também teve problemas e não completou.

As notas dos pilotos no GP da Espanha:

Räikkönen - Eficiente corrida do finlandês, que resolveu metade do resultado com a pole nos treinos. Na corrida, pilotou com tranqüilidade, administrando a vantagem e pisando forte quando foi preciso. Uma corrida digna do número 1 estampado na carenagem de seu carro. Nota 10

Massa - Fez uma excelente largada e com isso conseguiu a 2ª posição antes da primeira curva, superando Alonso. Sem nenhuma chance de atacar e passar Räikkönen, exceto por um erro do finlandês, uma quebra ou um erro no box, o brasileiro conservou-se rápido na pista e conseguiu um bom segundo lugar. Nota 8,5

Hamilton - O britânico que começou tão bem o campeonato segue se ressentindo de um carro mais competitivo. Hoje dá pra dizer que a McLaren está bem atrás da Ferrari e ligeiramente superada pela BMW. Lewis fez uma boa corrida, ultrapassou Kubica na largada e chegou a mais um pódio no ano. Nota 8

Kubica - Sem tanto brilhantismo quanto na Malásia e no Bahrein, o polonês somou cinco preciosos pontos na Espanha, o que mantém a BMW na briga pela ponta no Mundial de Construtores. Foi superado por Hamilton logo no início e não teve chances de recuperar a posição. Nota 8

Webber - É outro piloto em 2008. Faz menos "brilharecos" nos treinos, tem sido consistente e rápido em corridas e vem marcando pontos com regularidade. Vai ganhando uma boa sobrevida no seio da equipe RBR. Nota 8

Button - Excelente corrida do companheiro de Barrichello. Com paciência e regularidade, e sem ninguém a atrapalhar seu trabalho durante a corrida, somou os primeiros três pontos da Honda na temporada 2008, tirando a equipe de uma possível crise. Nota 8

Nakajima - Na primeira pista que conhecia dos testes da pré-temporada, fez uma corrida muito boa. O japonês também mostrou consistência e regularidade. Não cometeu nenhum erro ao longo da corrida e com alguns abandonos, foi premiado com o sétimo lugar. Nota 7,5

Trulli - Ficou devendo depois do bom resultado no treino classificatório. Precisou parar três vezes e por isso não conseguiu terminar entre os seis primeiros. Pelo menos salvou um precioso pontinho para ele e a Toyota. Nota 6

Heidfeld - Entrou nos boxes quando estavam fechados e foi punido com time penalty de 10 segundos. Pelo menos saiu com luz verde quando cometeu a infração, escapando da desclassificação. Depois, lutou muito para conseguir uma ultrapassagem sobre a Force India de Fisichella. Com tanto tempo perdido, só chegou em nono. Nota 5

Glock - O alemão vinha bem, mas foi otimista demais numa tentativa de ultrapassagem sobre Coulthard. Com o bico quebrado, também precisou de um pit stop extra. Acabou mais uma vez fora da zona de pontos. Nota 5

Fisichella - O experiente piloto italiano deu trabalho no pelotão intermediário. Chegou a andar na zona de pontuação antes da segunda parada e foi um osso duríssimo para Heidfeld numa disputa por posição. Vai dando regularidade e desenvolvendo bem o carro da Force India. Nota 6

Coulthard - Desta vez, não teve culpa no acidente com Timo Glock. Tentou defender sua posição e acabou tocado pelo alemão. Com o pneu traseiro esquerdo arrebentado, fez também um pit extra e no final, conseguiu uma boa ultrapassagem sobre Takuma Sato. O tempo do escocês na Fórmula 1 está praticamente esgotado. Nota 5

Sato - Conseguiu o milagre de terminar a corrida com o carro da pré-falimentar Super Aguri. Mesmo com o pior carro da Fórmula 1, anda forte e não raro aparece entre os 10 primeiros nos períodos de reabastecimentos. Mas depois volta ao normal: último entre os que terminam. Nota 5

Rosberg - O alemão da Williams não brilhou tanto nos treinos, mas fez uma boa corrida até o motor Toyota o trair, explodindo em plena reta dos boxes. Nota 6

Alonso - Foi simplesmente brilhante na classificação, treinando com o carro bem leve para conquistar a pole position e fazer bonito para a torcida. Superado por Räikkönen no último instante, o bicampeão mundial largou em segundo mas perdeu a posição para Massa antes da primeira curva. Andou bem, dentro das limitações do carro, até quebrar. Mas a fase não é boa: a Renault nem de longe tem capacidade de lhe fornecer um equipamento à altura do seu grande talento - que está lá, escondidinho esperando por um bom carro. Nota 8

Barrichello - Na corrida onde supostamente igualou o recorde de 256 GPs disputados, que pertencia a Riccardo Patrese, não largou bem, mas conseguiu chegar até o sexto lugar, quando o Safety Car entrou na pista em razão da batida de Kövalainen. Depois, se envolveu num estranhíssimo incidente na sua segunda parada de box, quando o bico quebrou. Voltou à pista, mas abandonou depois. Nota 5

Kövalainen - Largou em sexto, vinha bem e liderava antes do seu pit stop até ser traído por um estouro repentino do pneu dianteiro esquerdo. Bateu forte e precisou de atendimento médico ainda na pista. Foi transportado a um hospital onde será examinado com maiores detalhes, em busca de possíveis fraturas. Pelo menos está consciente e em estado estável. Nota 6

Davidson - Pouco fez com a precária Super Aguri. Largou em penúltimo, pegou as sobras do acidente entre Piquet e Bourdais e com o carro danificado, desisitiu. Nota 3

Bourdais - Conseguiu passar com o STR para a Q2, mas largou mal e vinha tentando se recuperar quando dividiu uma curva com Piquet e a suspensão dianteira esquerda quebrou. Nota 4

Piquet - Vinha num ótimo fim de semana até antes da largada. Depois, quando a corrida começou, o azar tomou conta do piloto brasileiro. Numa curva, saiu reto e caiu para antepenúltimo. Quando vinha para ultrapassar Bourdais, tocou rodas com o francês e não pôde mais voltar. Nota 4

Sutil - Precipitou-se ao ultrapassar um adversário na quarta curva do circuito, rodou e foi acertado em cheio por Vettel. Nota 1

Vettel - Classificou-se mal de novo e na corrida, nada pôde fazer. "Comprou pronta" a rodada de Sutil e acertou o compatriota, quebrando a suspensão e o bico da STR, que aposenta de forma melancólica o carro do ano passado. Nota 1

LMS - 1000 km de Monza (II): Peugeot e Audi voltam a dar as cartas

Fim da segunda hora de prova: Peugeot e Audi voltam a dar as cartas nos 1000 km de Monza. A liderança está com Stéphane Sarrazin / Pedro Lamy, da marca francesa, com pouco mais de 45 seg de vantagem sobre o Audi de Rockenfeller / Prémat, único carro na mesma volta do líder.

Os outros dois carros turbodiesel tiveram problemas e se atrasaram. O Audi de Capello / McNish vem em 27º na classificação geral, três posições adiante do Peugeot de Gené / Minassian. Outro concorrente de respeito que enfrenta dificuldades é o Lola Aston Martin da Charouz. E por isso mesmo, o Pescarolo Judd de Boullion / Collard ascendeu à terceira colocação, uma volta atrás dos líderes.

Na LMP2, o atraso do Porsche da Van Merksteijn, com Verstappen / Van Merksteijn no comando, beneficiou os outros dois carros da marca: Elgaard / Nielsen lideram na divisão estando em sétimo na geral. O carro da Horag com Lienhard / Lammers / Theys é o nono no momento.

A LMGT1 tem ainda seus quatro únicos carros sobrevivendo e uma disputa ferrenha entre o Corvette de Beretta / Goueslard / Moreau e o Aston Martin de Garcia / Enge, separados por míseros três segundos. E na LMGT2, Raymond Narac / Richard Lietz lideram com o Porsche da IMSA Performance, em dobradinha com o carro de Lecourt / Balandras / Belloc.

LMS - 1000 km de Monza: Surpresa no comando

A Peugeot iniciou com tudo os 1000 km de Monza neste domingo, liderou em dobradinha, mas os seus dois LMP1 turbodiesel tiveram que parar nos boxes para reabastecer. O Audi de Mike Rockenfeller / Alexandre Prémat - que a exemplo do carro de Capello / McNish - teve um início muito complicado de corrida, assumiu a liderança e ao fim da primeira hora, vinha no comando até reabastecer. Assim, o Lola Aston Martin movido a gasolina, com Mücke / Charouz se revezando ao volante, está na primeira posição.

Excelente performance até aqui do Epsilon Euskadi Judd. O carro recém-construído pela equipe de Jordi Caton e Joan Villadelprat está em quinto na classificação geral.

O Porsche da Van Merksteijn comanda na classe LMP2, enquanto na LMGT1 o Team Modena lidera com seu Aston Martin e a Virgo, de Ferrari F430, tem a ponta na LMGT2.

Classificação após a primeira hora:

1. Mücke / Charouz
Lola Aston Martin B08/60 - 31 voltas

2. Gené / Minassian
Peugeot 908 HDi FAP - 31 voltas

3. Lamy / Sarrazin
Peugeot 908 HDi FAP - 31 voltas

4. Rockenfeller / Prémat
Audi R10 TDi - 31 voltas

5. Burgueño / Castro
Epsilon Euskadi Judd ee01 - 31 voltas

6. Collard / Boullion
Pescarolo Judd P01 - 31 voltas

7. Verstappen / Van Merksteijn
Porsche RS Spyder - 30 voltas

8. Barazi / Vergers
Zytek 07S/2 - 30 voltas

9. Pla / Amaral
Lola AER B05/40 - 30 voltas

10. Belicchi / Pompidou / Zacchia
Lola Judd Bo8/80 - 30 voltas

Quatro patas!

A prova da Nationwide Series, a 2ª divisão da Nascar - a Stock Car estadunidense - corria sem maiores problemas, com as bandeiras amarelas de praxe. Até que entrou em ação a figura de Kevin Lepage, que já correu na divisão principal.

Olhem só o que o cidadão fez ontem na pista de Talladega.



E ainda diz que não fez nada de errado?!? Antolhos e alfafa pra ele já!

Besta de quatro patas!

Paulistanas 8

SÃO PAULO (com sotaque japa, nô) - O campeão da GP2 Asia, Romain Grosjean, perdeu uma grande chance de vencer na 2ª etapa da temporada regular este domingo em Barcelona. O francês, ao defender sua liderança contra o pole position Kamui Kobayashi, teria mudado duas vezes de direção na reta - o que é proibido pelos comissários, que o puniram com um drive through.

Kobayashi, que nada tinha a ver com isso, pegou a ponta de presente, enquanto Grosjean foi pro fim da fila e, sem poder atacar, ficou em 13º. O suíço Sébastien Buemi, da Arden, que na primeira corrida ganhou treze posições, largou de segundo para terminar nesta mesma posição a 1"176 do japonês da DAMS. Giorgio Pantano, da Racing Engineering, completou o pódio.

Bruno Senna chegou em quarto, somou mais três pontos e sai de Barcelona com a liderança do campeonato embaixo do braço. Davide Valsecchi, da Durango, chegou em quinto e Javier Villa fechou os seis que somaram pontos na chamada Sprint Race da GP2.

sábado, 26 de abril de 2008

Paulistanas 7

SÃO PAULO (alguma coisa está fora da ordem) - Estive em Interlagos acompanhando a segunda rodada dupla da Porsche GT3 Cup Challenge e as corridas de hoje foram interessantíssimas e acidentadas. Constantino Júnior, que vencera as duas primeiras provas e saíra da pole na primeira etapa do dia, quebrou. Caminho livre pra Tom Valle vencer com alguma folga sobre Clemente Lunardi e Luiz Zattar.

Estes dois foram protagonistas do entrevero mais polêmico do fim de semana, na largada para a quarta etapa. Zattar forçou para cima de Lunardi antes do S do Senna e os dois se tocaram - não uma, mas quatro vezes. Resultado: rodada de Lunardi, poeira subindo e colisões a rodo no pelotão intermediário. O campeão de 2007, Ricardo Baptista, teve seu carro jogado pra cima do Porsche de Omílton Visconde. Danilo Fernandez e Constantino Júnior também bateram. Marcos Barros quebrou e a corrida teve só 14 carros ao seu final.

Tom Valle venceu com méritos, após ultrapassar Beto Posses, que saiu de quarto pra liderança após a bandeira verde. O gaúcho Miguel Paludo foi o terceiro e é o vice-líder do campeonato, 20 pontos atrás de Tom Valle.

O campeonato volta no fim de junho em Curitiba. Espero poder acompanhar mais esta corrida da temporada 2008.

Paulistanas 6

SÃO PAULO (tudo muito rápido!) - O dia está corrido e não tive tempo para fazer nada de postagens. Então vamos lá, em pitacos.

Fórmula 1 - Espetacular a pole de Räikkönen. Mais espetacular ainda, porém, a volta-canhão de Fernando Alonso - que coloca depois de dois anos a Renault na primeira fila. A tática (e não a regra) é clara: jogar pra galera, colocar o carro bem leve, para parar três vezes. Arrisco que lá para a 12a. volta, veremos o asturiano fazendo seu primeiro pit.

Massa é que não deve estar muito contente, pois vai largar em terceiro, atrás não só do companheiro de equipe e líder do campeonato e também do desafeto espanhol. Nelson Ângelo Piquet conseguiu passar pra Q3 e larga em décimo - logo na frente de Barrichello.

GP2 - Álvaro Parente chegou, viu e venceu. O português da Super Nova estreou com o pé direito na porta de acesso para a Fórmula 1 em Barcelona. Bruno Senna fez um bom 2° lugar com o carro da atual campeã, a iSport. Andreas Züber, da Piquet Sports / GP Racing, fechou o pódio. Na corrida de amanhã, com grid invertido do primeiro ao oitavo, a pole é do japonês Kamui Kobayshi (DAMS).

Le Mans Series - Peugeot e Peugeot. A primeira fila para os 1000 km de Monza é toda francesa, com o 908 HDi FAP de Nicolas Minassian / Marc Gené cravando a pole com o incrível tempo de 1'31"470 - um segundo e sete décimos melhor que o outro carro gaulês, com Sarrazin / Lamy. Os Audi monopolizam a segunda fila e o melhor protótipo a gasolina (de novo) foi o Lola Aston Martin da Charouz. Nas demais categorias, o melhor tempo foi de Verstappen / Van Merksteijn (Porsche RS Spyder LMP2); Beretta / Goueslard / Moreau (Corvette C6-R LMGT1) e Bell / Bruni (Ferrari F430 LMGT2). Thomas Erdos, com Lola da RML, larga em décimo-nono na geral. Mário Haberfeld sai em vigésmo quarto com seu protótipo Embassy Zytek. Ambos correm na divisão LMP2.

Paulistanas 5

SÃO PAULO (na calada da madrugada!) - Camarada Ico, a.k.a Luiz Fernando Ramos, teve a oportunidade do ano. Em Barcelona para a cobertura do GP da Espanha, ele entrevistou ninguém menos que o tricampeão mundial Nelson Piquet, que foi homenageado pelos administradores do circuito da Catalunha como mais um piloto a fazer parte da "Avenida dos Campeões".

Nosso bravo Ico não perdeu a viagem e conduziu uma entrevista impagável, divertidíssima, puro estilo Nelson Piquet. Nas respostas, nas bravatas e nas sacanagens. Max Mosley não foi perdoado e sobrou até pra Danica Patrick e principalmente para o eterno desafeto, Rubens Barrichello.

Quer ver como foi o papo? Entre aqui e confira.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Paulistanas 4

SÃO PAULO (fé em Deus e pé na tábua) - Constantino Júnior não precisou nem disputar o primeiro treino livre da Porsche GT3 Cup Challenge hoje em Interlagos, para mostrar que era o piloto a ser batido nesta sexta. Fez o melhor tempo na segunda sessão livre e na classificação, em apenas duas voltas lançadas, baixou em meio segundo o antigo recorde da categoria no circuito paulistano.

O piloto-empresário marcou o tempo de 1'40"347, dois décimos mais veloz que Tom Valle - que na primeira rodada dupla do ano largou na pole position. Os dois foram os únicos a melhorar o recorde absoluto da Porsche GT3. O campeão Ricardo Baptista, já melhor adaptado ao novo Porsche 997 GT3 RS, fez o 3° tempo do classificatório, onde dez dos 20 pilotos que treinaram ficaram dentro do mesmo segundo.

Adalberto Baptista não marcou tempo classificatório e Walter Salles, que completa a lista, viajou para Cannes e não vai correr.

O grid:

1) 00-Constantino Júnior, 1:40.347, média de 154,588 km/h

2) 99-Tom Valle, 1:40.617

3) 27-Ricardo Baptista, 1:40.875

4) 3-Luís Zattar, 1:40.956

5) 77-Miguel Paludo, 1:40.969

6) 55-Marcel Visconde, 1:40.976

7) 21-Valter Rossete, 1:41.056

8) 7-Clemente Lunardi, 1:41.138

9) 78-Haroldo Pinto, 1:41.152

10) 8-Marcelo Ometto, 1:41.269

11) 34-Maurizio Billi, 1:41.357

12) 51-Otávio Mesquita, 1:41.464

13) 31-Marcos Barros, 1:41.582

14) 52-Beto Posses, 1:41.681

15) 63-Sérgio Ribas, 1:41.737

16) 9-Guilherme Figuerôa, 1:41.802

17) 5-Antônio Hermann, 1:42.294

18) 11-Omilton Visconde Júnior, 1:44.716

19) 18-Danilo Fernandez, 1:46.323

20) 15-Henry Visconde, 1:47.090

21) 10-Adalberto Baptista, sem tempo.

Paulistanas 3

SÃO PAULO (com escala non-stop em Monza) - Os treinos livres da Le Mans Series para os 1000 km de Monza começaram com uma péssima notícia para os organizadores. A Larbre Competition não vai mais disputar o campeonato com o Saleen S7-R da classe LMGT1. Motivo: vão se concentrar no desenvolvimento de carros para o FIA GT - o outro Saleen que compraram da Oreca e a velha Ferrari 550 Maranello da Escuderia ACA Argentina.

O panorama da LMGT1 se avizinha tão semelhante ao da categoria na American Le Mans Series. Lá, são três carros correndo - às vezes dois. Agora, são quatro. Quando esta crise vai ter fim?

Alheios a isto, os protótipos turbodiesel deitaram e rolaram em Monza. Nicolas Minassian e Marc Gené fecharam o dia com a melhor marca, em 1'33"113, meio segundo à frente do carro gêmeo da Peugeot, com Stéphane Sarrazin e Pedro Lamy. O Audi de Rockenfeller / Prémat foi simplesmente "cilindrado" pelo Leão francês em 1"657! E o melhor carro a gasolina, como sempre o Lola Aston Martin de Jan Charouz / Stefan Mücke, ficou a 2"233 do melhor tempo.

Na LMP2, o melhor tempo do dia foi da dupla Jos Verstappen / Peter van Merksteijn, 10° na classificação geral com o Porsche RS Spyder, mais de um segundo à frente do Lola Judd Coupé da Speedy Sebah.

Antonio Garcia e Tomas Enge, com o Aston Martin do Team Modena, fecharam o dia com o melhor tempo da divisão LMGT1, enquanto o Porsche 997 GT3 RSR de Alex Davison / Marc Lieb foi o melhor da subclasse LMGT2.

Amanhã acontece o treino classificatório que define o grid de largada, com 45 carros na pista.

Paulistanas 2

SÃO PAULO (com escala non-stop em Barcelona) - E eis que a Piquet Sports by GP Racing, a nova associação da escuderia criada por Nelson Piquet e hoje gerida por Felipe Vargas, em sociedade com o italiano Tancredi Pagliaro, brilhou nos treinos para a abertura da GP2 em Barcelona: Andreas Züber foi o mais veloz no treino matinal e Pastor Maldonado cravou a pole position para a primeira corrida do ano.

Álvaro Parente, campeão da World Series, estréia na categoria e na equipe Super Nova com um auspicioso segundo tempo. Bruno Senna, sem usar pneus zero na classificação, foi o quarto. Um a zero no duelo dele contra o indiano Karun Chandhok, que larga em sétimo.

Alberto Valério bateu no treino matinal e ficou em 17° lugar com o carro da Durango, cinco postos abaixo do companheiro de equipe Davide Valsecchi. Diego Nunes, também estreando na categoria, ficou em penúltimo - pelo menos na frente do companheiro de equipe, Giacomo Ricci.

O Sportv exibe a primeira corrida da GP2 em VT às 15h30 deste sábado.

Paulistanas 1

SÃO PAULO (alguma coisa acontece no meu coração) – Boa tarde, povo. Cá estou em Sampa para acompanhar a segunda rodada dupla da Porsche GT3 Cup Challenge em Interlagos, neste fim de semana. Confesso que estou muito contente em estar de volta aqui depois de praticamente um ano sem acompanhar a categoria in loco.

A recepção como sempre foi boa e cá estou numa sala de imprensa improvisada, na companhia do camarada Luiz Alberto Pandini. E praticamente teremos “casa cheia” na pista de Interlagos este fim de semana. Com exceção de Walter Salles(que foi pra Cannes acompanhar o Festival de Cinema e lançar seu novo filme, "Linha de Passe"), todos os outros 21 pilotos devem correr.

No primeiro treino livre desta manhã, Marcel Visconde foi o mais rápido ao virar em 1’42”488, com Beto Posses e Tom Valle nas posições subseqüentes. Mas já agora de tarde, na segunda sessão, o campeão de 2007 Ricardo Baptista já virou na casa de 1’41” e registrou o novo recorde da Porsche GT3 Cup Challenge para a nova configuração da categoria, com os carros 997 dotados de motores 6 cilindros flat e 420 HP de potência.

O fotógrafo de quinta categoria também registrou uns instantâneos dos boxes nesta sexta. Por enquanto fico devendo. Mais tarde posto as fotos por aqui.

48 horas fora

De amanhã até domingo, o blogueiro e o blog vão dar uma "passeada" por São Paulo. Não prometo nada, mas acho que vou abastecer o Saco de Gatos com novidades vindas da terra da garoa - que não terá (ainda bem!) chuva no fim de semana.

Inté!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Discos que já ouvi antes de morrer (XIII) - The Beatles (a.k.a The White Album) / 1968


Após a revolução criativa de Sgt. Pepper's..., o disco posterior dos Beatles, Magical Mystery Tour, foi um fracasso. Não pela qualidade das canções, como "Penny Lane", a excepcional "Strawberry Fields Forever", "The Fool On The Hill", "Hello Goodbye" e "All We Need Is Love". Eles ainda sabiam fazer música como antes, mas o filme que foi lançado a reboque do disco acabou execrado pela crítica como sendo pretensioso, estranho e muito abaixo das produções anteriores que contaram com os Fab Four.

Some-se a isso o clima pesado que já vinha desde Rubber Soul, quando a unidade começou a ir pro espaço em razão de inúmeras discussões sobre influências criativas, religiosidade, drogas e... Yoko Ono. A segunda mulher de John Lennon apareceu como uma emblemática personagem, tida por muitos como a grande asa negra que levou a banda a se dissolver em 1970.

Como ainda não chegamos lá, voltamos a 1968. Neste ano, para refazer-se do fracasso de Magical..., os quatro se embrenharam em Abbey Road e produziram o máximo possível de material para um novo disco ou até mesmo para dois, se quisessem. No entanto, a EMI lançou o trabalho em 22 de novembro daquele ano como um álbum duplo, inaugurando o selo Apple e com a capa totalmente branca. Era o White Album tão falado mundo afora.

Trata-se de um disco tremendamente irregular, embora no lado A do primeiro disco, John Lennon nos brindasse com a belíssima "Dear Prudence" e as divertidas "Glass Onion" e "The Continuing Story Of Bungalow Bill". Paul não ficou atrás: fez "Ob-La-Di, Ob-La-Da", também em clima de historinha.

Porém, o ponto alto (de todo disco, eu diria) é sem dúvida "While My Guitar Gently Weeps", uma grande canção de George Harrison, talvez a melhor dele nos Beatles até ali, com a preciosa participação (logicamente, não creditada), de Eric Clapton na guitarra-solo.

O lado B é quase de experimentalismos e músicas curtas, como as contrastantes "Why Don't We Do It In The Road", com vocal gritado e "I Will", bem suave, ambas de Paul McCartney, as ótimas "I'm So Tired", de Lennon e outra de Paul, "Blackbird". John Lennon fecha o primeiro disco homenageando a mãe na pungente balada "Julia".

A pesadíssima "Birthday" abre o lado A do segundo disco, provavelmente o mais coeso de todo o trabalho. Tem "Sexy Sadie", a ótima "Yer Blues", a balada "Mother Nature's Son" e a controvertida "Helter Skelter", que teria servido de inspiração para Charles Manson matar a atriz Sharon Tate, esposa do cineasta Roman Polanski.

Daí pra diante, pouca coisa se salva. Talvez "Revolution #1", numa versão menos acelerada que no imortal single gravado pelo grupo e as baladas "Cry Baby Cry" e "Honey Pie". A faixa mais incompreensível, sem dúvida, é "Revolution #9": oito minutos de colagens aleatórias que talvez nem agradem aos fãs mais extremados.

Apesar disto tudo, a popularidade dos Beatles era intacta, tanto que apenas na primeira semana, foram vendidas 2 milhões de cópias de White Album. Eu não tenho mais toca-discos, mas conservo o exemplar em vinil com carinho, uma vez que foi me presenteado por meu pai há 20 anos. E meu álbum duplo veio com as fotos individuais dos quatro integrantes do grupo, que entraram para a posteridade.

Ficha técnica de The Beatles (a.k.a White Album)
Selo: Parlophone / Apple / EMI
Produzido por George Martin e Chris Thomas
Gravado nos estúdios Abbey Road e Trident entre 30 de maio e 14 de outubro de 1968
Tempo total: 93'43"

Músicas:

Disco 1

1. Back In The USSR (Lennon / McCartney)
2. Dear Prudence (Lennon)
3. Glass Onion (Lennon)
4. Ob-La-Di, Ob-La-Da (McCartney)
5. Wild Honey Pie (McCartney)
6. The Continuing Story Of Bungalow Bill (Lennon)
7. While My Guitar Gently Weeps (Harrison)
8. Happiness Is A Warm Gun (Lennon)
9. Martha My Dear (McCartney)
10. I'm So Tired (Lennon)
11. Blackbird (McCartney)
12. Piggies (Harrison)
13. Rocky Racoon (McCartney)
14. Don't Pass Me By (Starkey)
15. Why Don't We Do It In The Road (McCartney)
16. I Will (McCartney)
17. Julia (Lennon)

Disco 2

1. Birthday (Lennon / McCartney)
2. Yer Blues (Lennon)
3. Mother Nature's Son (McCartney)
4. Everybody's Got Something To Hide Except For Me And My Monkey (Lennon)
5. Sexy Sadie (Lennon)
6. Helter Skelter (Lennon / McCartney)
7. Long, Long, Long (Harrison)
8. Revolution #1 (Lennon / McCartney)
9. Honey Pie (McCartney)
10. Savoy Truffle (Harrison)
11. Cry Baby Cry (Lennon)
12. Revolution #9 (Lennon / Mccartney)
13. Good Night (McCartney)

Discos que já ouvi antes de morrer (XII) - Cheap Thrills / 1968


Antes que alguém pergunte, não, este não é o primeiro disco-solo de Janis Joplin, embora a visceral cantora estivesse à frente dos vocais. Cheap Thrills é o álbum do grupo Big Brother And The Holding Company, do qual ela e Sam Andrew, que posteriormente seria seu guitarrista acompanhante, faziam parte em 1968.

Este é um registro fantástico na história da música, pois para quem não a conhecia de vista, na primeira audição, houve quem dissesse que era uma negra cantando. Nada mais inexato: era uma branca, nascida no Texas, mas com uma crueza e uma emoção dignas da mais pura tradição do blues, soltando a voz como nunca.

Sensação no Festival Pop de Monterrey um ano antes, a banda entrou em estúdio para produzir um disco que foi um estrondo nas paradas, graças a "Piece of My Heart", 12o. lugar como single, catapultando Cheap Thrills a #1 e posteriormente a um disco de ouro, por mais de 100 mil cópias vendidas só nos EUA.

Neste disco, Janis eternizou clássicos como a música já citada; "Summertime", dos irmãos Gershwin, que mereceu uma releitura considerada absolutamente definitiva; e a versão de "Ball And Chain" que enlouqueceu Mama Cass, a lendária vocalista do Mamas & The Papas em Monterrey.

Apesar do êxito de Cheap Thrills e embora lançasse outras boas músicas, como "Mercedes Benz", "Move Over" e "Bo Diddley", entre outras, nos anos que se sucederam até sua morte, Janis Joplin jamais foi capaz de criar o mesmo impacto deste disco do profícuo ano de 1968 - que em sua versão remasterizada para CD ganhou mais quatro faixas.

Ficha técnica de Cheap Thrills

Selo: Columbia / Sony Music
Produção: John Simon
Gravado nos EUA entre 2 de março e 20 de maio de 1968
Tempo total: 36'54" (original) e 54'59" (versão remasterizada em CD)

Músicas:

1. Combination Of The Two (Sam Andrew)
2. I Need A Man To Love (Sam Andrew / Janis Joplin)
3. Summertime (George / Ira Gershwin)
4. Piece Of My Heart (Bert Berns / Jerry Ragavoy)
5. Turtle Blues (Janis Joplin)
6. Oh, Sweet Mary (Peter Albin / Janis Joplin)
7. Ball And Chain (Big Mama Thornton)
8. Roadblock (outtake de estúdio)
9. Flower In The Sun (outtake de estúdio)
10. Catch Me Daddy (ao vivo)
11. Magic Of Love (ao vivo)

Há 35 anos, direto do túnel do tempo

Quando a TV tinha seu charme e programas (inclusive as novelas) bem melhores que hoje... eis algumas chamadas de programação da Rede Globo, que foram ao ar em 1972 e 1973.

Pela ordem: Shazan Xerife & Cia; A Grande Família; Cavalo de Aço; Bandeira 2 e O Bofe.

Detalhe é que foram colhidas da programação da emissora para Minas Gerais.


Sete brasileiros na IRL: e não é conta de mentiroso

Embora o nome de Franck Perera ainda conste na lista de inscritos da IndyCar para a prova do Kansas, o site oficial da categoria tem na primeira página a notícia da substituição do piloto francês por Jaime Câmara (que num compacto da então Indy Pro Series foi chamado por um certo comentarista do Speed de Jaime Camára) - deste modo o sétimo brasileiro confirmado na categoria de monopostos estadunidense.

Egresso da categoria de acesso, ele somou três vitórias por lá, uma delas no evento suporte das 500 Milhas de Indianápolis. O acerto de Jaime com a Conquest Racing foi devido à perda do patrocínio das empresas Ares e Opes Prime, que tinham vindo com Franck Perera. Sem a verba, o francês foi apeado do seu lugar e Jaime assume o carro #34 já nas 300 Milhas do Kansas, neste domingo.

Lembram da lista do post abaixo? Com Tony Foyt, Viso, Duno, Scheckter, Dominguez, Briscoe?

É... pelo visto chegou mais um pra turma.

Casa cheia

A IndyCar Series, enfim unida após o insólito fim de semana passado com parte do grid se exibindo no Japão e o restante na "corrida-enterro" da ChampCar, faz neste fim de semana mais uma etapa (a quarta ou quinta, afinal?) do campeonato no perigoso oval do Kansas.

Os organizadores comemoram: afinal, serão 27 pilotos enchendo o grid - o melhor da categoria afora as edições das 500 Milhas de Indianápolis, que comportam 33 carros. Além dos vinte e seis usualmente inscritos, a Luczo Dragon Racing inscreveu o sul-africano Tomas Scheckter, que correrá no Dallara #12 da equipe dirigida por Jay Penske, filho de Roger.

E a categoria ganha para a Indy 500 uma nova equipe: a Pacific Coast Motorsports, com o apoio do Ministério do Turismo do México, inscreverá um Dallara Honda para Mário Dominguez, que venceu duas provas na ChampCar.

Dominguez, o "Super Mário" para seus compatriotas, tem enorme propensão ao risco. É rápido, mas alucinado e estabanado - prato cheio para acidentes.

Olho para a lista de inscritos da Indy 500 e vejo Dominguez... Scheckter... Tony Foyt... Viso... Ryan Briscoe... Milka Duno...

Vai dar merda...

LMS: notícias e primeiros instantâneos de Monza

Quarenta e cinco carros estão em Monza para a segunda prova com 1000 km de duração da temporada 2008 da Le Mans Series. A lista inicial divulgada pelos organizadores contemplava incríveis 50 competidores - porém, em uma semana, houve cinco forfaits.

Só a LMP1 perdeu três protótipos: o Lola Judd da Charouz-Cytosport; o Lola AER da Chamberlain e o improvável segundo carro da Epsilon Euskadi que, ou não ficou pronto ou não houve pilotos para assumir o volante do carro. Prefiro acreditar na primeira hipótese.

A divisão LMGT1, que já tem um contingente reduzido, ficou pior porque a Larbre Competition não levou seu Saleen para a Itália. Correrão apenas os dois Corvettes da Luc Alphand, o Aston do Team Modena e o Lambo da IPB Spartak. E na LMGT2, o Aston Martin Vantage da JWA não fez a viagem porque não houve tempo de trocar o motor do carro, estourado na prova de Barcelona.

O paddock também viu algumas caras novas no tradicional autódromo transalpino. O britânico Duncan Tappy, de 23 anos, foi chamado por Martin Short para competir no Pescarolo Judd da Rollcentre Racing. A Creation Autosportif trouxe Bruce Jouanny para dividir o carro #15 com Robbie Kerr e Felipe Ortiz, ficando Jamie Campbell-Walter com o veloz Stuart Hall. E na Luc Alphand, Roland Bervillé foi substituído por Patrice Manopoulos.

Em razão de uma viagem no fim de semana, este blog não fará a mesma cobertura desenvolvida nos 1000 km de Barcelona. Mas estarei atento à corrida.

Por enquanto, fiquem com os primeiros instantâneos de Monza.

Sem lenço, sem documento e sem número: este é o segundo chassi Creation que finalmente vai estrear em Monza, com Jouanny / Ortiz / Kerr

Para deleite do Caíque, eis o Pescarolo Judd de Collard / Boullion

Asa de gaivota: o lindo Lamborghini da IPB Spartak, um dos quatro únicos carros da LMGT1

O perigo amarelo: Ferrari F430 de Rob Bell / Gianmaria Bruni, hoje o melhor carro da LMGT2

Tradição e família: Porsche de Felbermayr pai e filho, pronto para a batalha

quarta-feira, 23 de abril de 2008

GPS di m****

Durante três anos no Sportv, fui o responsável pela edição dos boletins diários do Rali Dakar. E nesse período, lamentavelmente nos vimos na obrigação de noticiar a morte de diversos competidores.

Um deles foi Fabrizio Meoni, piloto italiano que era um monstro nas areias do deserto, um craque das duas rodas, e na mesma medida muito azarado.

Meoni se foi na edição de 2005, precisamente no dia 11 de janeiro, num acidente de dinâmica até hoje difícil de se explicar.

Sete anos antes, porém, o bem-humorado piloto transalpino esteve a ponto de explodir.

Numa das etapas, ele ficou possesso com o GPS de sua moto. As imagens e as palavras falam por si só.

Prestem atenção no fim do vídeo.

A Divisão Panzer na GT3


A BMW não está pra brincadeira. Bem na foto na Fórmula 1 e com retorno assegurado na American Le Mans Series em 2009, a marca bávara prepara sua arma para correr na GT3 também no próximo ano.

A foto acima mostra o novo carro BMW Série 6 Alpina GT3, com motor V-8 de 4,4 litros e 530 cavalos de potência.

Andreas Bovensiepen, diretor da Alpina - que vai preparar o carro - garante que o Série 6 é um modelo capaz de bater-se com Ferrari, Lamborghini e Aston Martin, já em 2009.

Com isto, a turma de Stéphane Ratel comemora a chegada do décimo-primeiro carro homologado para a categoria GT3, que na Europa está em seu terceiro ano - segundo no Brasil.

Crash!

Flavinho Gomes pôs em seu blog dois vídeos do Youtube: um com as 15 maiores ultrapassagens da Fórmula 1 - de cuja ordem de apresentação discordo frontalmente; e outro com as dez maiores bobagens da história - que não têm discussão. Foram sem dúvida as maiores besteiras já vistas no automobilismo, culminando com o bravo Murray Walker chamando o chileno Eliseo Salazar de colombiano...

Enfim, o amigo Gustavo Coelho, do Blog F1 Grand Prix, compilou e pôs no mesmo Youtube um vídeo com os 10 acidentes mais espetaculares (não-fatais, claro) da F-1.

É só conferir.

Apresentando armas


A GP2 finalmente começa a temporada 2008 neste fim de semana, em Barcelona, na Espanha. A temporada asiática, vencida por Romain Grosjean com uma boa dose de controvérsia, valeu como ensaio para o campeonato que terá 20 etapas - sempre em sistema de rodada dupla e incluindo mais uma corrida em Mônaco. A categoria também correrá em Valência durante o fim de semana do GP da Europa, embora o primeiro calendário contemplasse um fim de semana no circuito Ricardo Tormo.

Como é hábito, a categoria registra a presença de 13 equipes com dois carros cada, perfazendo 26 competidores ao longo do ano. Três deles são brasileiros e o "veterano" da turma verde-e-amarela é Bruno Senna, a quem se juntarão os novatos Alberto Valério, que assinou com a Durango e Diego Nunes, da DPR.

A semana que antecedeu a estréia do campeonato traz novidades de última hora. Com uma fratura, o belga Michael Herck (companheiro de Diego Nunes na DPR) não correrá. Em seu lugar, estará o italiano Giacomo Ricci, egresso da Fórmula Atlantic. A FMS, escuderia do piloto de Fórmula 1 Giancarlo Fisichella anunciou uma troca de espanhóis: Andy Soucek rompeu com a equipe e Roldán Rodriguez, que tinha ficado a pé, assinou para a temporada. Resta saber até quando.

O favoritismo está dividido entre Romain Grosjean e seu companheiro de ART Luca Filippi, além de Bruno Senna, Karun Chandhok, Andreas Züber, Giorgio Pantano e Vitaly Petrov. Entre os novatos, podem surpreender o belga Jerôme d'Ambrosio, o japonês Kamui Kobayashi (ambos da DAMS) e Álvaro Parente, da escuderia Super Nova, campeão da World Series ano passado.
A GP2 terá transmissão pelo Sportv, com a primeira corrida exibida em VT no sábado às 15h30 e a segunda com transmissão ao vivo, a partir de 5h20 da manhã.
Eis os 26 pilotos confirmados para a rodada dupla da Catalunha:


1. Karun Chandhok / Índia - iSport International
2. Bruno Senna / Brasil - iSport International
3. Luca Filippi / Itália - ART Grand Prix
4. Romain Grosjean / França - ART Grand Prix
5. Vitaly Petrov / Rússia - Campos Grand Prix
6. Ben Hanley / Grã-Bretanha - Campos Grand Prix
7. Christian Bakkerud / Dinamarca - Super Nova International
8. Álvaro Parente / Portugal - Super Nova International
9. Jerôme d'Ambrosio / Bélgica - DAMS
10. Kamui Kobayashi / Japão - DAMS
11. Javier Villa / Espanha - Racing Engineering
12. Giorgio Pantano / Itália - Racing Engineering
14. Sébastien Buemi / Suíça - Arden International
15. Yelmer Buurman / Holanda - Arden International
16. Davide Valsecchi / Itália - Durango
17. Alberto Valério / Brasil - Durango
18. Adrián Valles / Espanha - FMS International
19. Roldán Rodriguez / Espanha - FMS International
20. Mike Conway / Grã-Bretanha - Trident Racing
21. Ho Pin Tung / China - Trident Racing
22. Andreas Züber / Áustria - Piquet Sports / GP Racing
23. Pastor Maldonado / Venezuela - Piquet Sports / GP Racing
24. Giacomo Ricci / Itália - DPR
25. Diego Nunes / Brasil - DPR
26. Milos Pavlovic / Sérvia - BCN Competición
27. Paolo Maria Nocera / Itália - BCN Competición

Uma semana!

Hoje é dia de Ogum, para muitos.

Dia de São Jorge, o santo guerreiro, padroeiro do time mais popular de São Paulo, para milhares.

E no próximo dia 30, daqui a uma semana, tem novidade no ar.

Como diz um grande animador de auditório, aguardemmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Caiu o pano

Domingo, como todo mundo do automobilismo já sabe, caiu o pano de uma história rica de 29 anos de existência. Na bandeirada para Will Power, acabou a ChampCar, a antiga CART.

No auge, a categoria estadunidense chegou a reunir alguns campeões de Fórmula 1 como Mario Andretti, Nigel Mansell e Emerson Fittipaldi. Estes dois últimos protagonizaram um dos maiores duelos da história do automobilismo.

Neste ótimo compacto do GP de Cleveland, com 25' de duração - e que incrivelmente está no Youtube - o Rato e o Leão fizeram uma disputa de tirar o fôlego.

Vale a pena assistir e rever sempre.

Lá e cá...

O único Ford GT que chegou ao Brasil para a disputa da GT3, como é sabido, fez duas pole positions, duas voltas mais rápidas e venceu uma das duas provas da rodada dupla inaugural do campeonato, com Walter Salles / Ricardo Rosset.

Na Europa, durante a abertura do GT3, igual passeio foi dado pela dupla Ian Khan / Thomas Mutsch, pilotando um idêntico modelo. Vitória nas duas provas, com direito a uma pole position na rodada dupla. Na primeira prova, o carro largou em 12º mas venceu.

Não é à toa que tem gente falando que o carro estadunidense, com preparação helvética, já vai sofrer alterações que penalizem seu acachapante desempenho.

Álbum de figurinhas

Quem são os pilotos das fotos abaixo?


Uma dica: todos foram do Mundial de Motovelocidade. Divirtam-se!

Discos que já ouvi antes de morrer (XI) - Electric Ladyland / 1968


O ano de 1968 começara mal para Hendrix e o Experience. Uma problemática turnê na Escandinávia rendeu ao guitarrista uma prisão em Estocolmo (Suécia) por embriaguez. Num ataque de fúria, Jimi destruiu o quarto de hotel onde estava hospedado e a polícia foi imediatamente chamada para interceder.

Era o prenúncio do que aconteceria em seu terceiro trabalho de estúdio, Electric Ladyland, gravado ao longo daquele ano, repleto de interferências de aproveitadores e de gestação extremamente problemática. Tanto que começou a ser produzido em julho de 1967 e finalizado um ano depois.

Para começo de conversa, Hendrix - que estava em exílio na Inglaterra - decidiu-se por retornar aos EUA, investindo algum dinheiro na construção de um estúdio particular para se libertar das limitações das gravações comerciais. Não lhe foi possível concluir a realização e o projeto, batizado de "Electric Lady Studios" só seria finalizado em 1970.

O clima na gravação não era dos melhores. Chas Chandler, que arregimentara o Experience, pediu demissão pois não suportava os insistentes pedidos de Hendrix para repetir tomadas de gravação a cada música (consta que "Gypsy Eyes" teve nada menos que 43 takes! - e o guitarrista não teria ficado contente com o resultado), o que trouxe Michael Jeffrey para o circuito. Este foi considerado por muitos como uma ascendência positiva e negativa sobre a carreira do guitarrista e recaem suspeitas de que ele teria desviado parte do dinheiro ganho por Jimi Hendrix para paraísos fiscais.

Apesar das dificuldades, a visão de Jimi se expandia para além do conceito do power trio e não por acaso, o álbum Electric Ladyland é repleto de improvisos, viagens jazzísticas, standards de blues e grandes músicas, como "All Along The Watchtower", na versão mais conhecida da canção de Bob Dylan e a sensacional "Crosstown Traffic", mais tarde coverizada pelo Red Hot Chili Peppers.

Diz-se que Electric... influenciou positivamente o mago do jazz Miles Davis a compor seu lendário Bitches Brew. E Hendrix, ao trazer para perto dele músicos como o jovem Stevie Winwood, o percussionista Buddy Miles, Al Kopper, que gravara com Bob Dylan e até Brian Jones, que participou tocando em "Still Raining, Still Dreaming", provava que queria expandir seus horizontes muito além do Experience. Mas as drogas e o álcool já corroíam a carreira espetacular do guitarrista e punham dúvidas acerca do seu futuro dentro da música.


Ficha técnica de Electric Ladyland

Selo: MCA Records / PolyGram
Produzido por Chas Chandler e Alan Douglas
Gravado no Record Plant Studios, em Nova York, em julho e dezembro de 1967, janeiro, abril e agosto de 1968
Tempo total: 75'47"

Músicas:

1. "...And Gods Made Love" (Hendrix)
2. "Have You Ever Been (To Electric Ladyland)" (Hendrix)
3. "Crosstown Traffic" (Hendrix)
4. "Voodoo Chile" (Hendrix)
5. "Little Miss Strange" (Noel Redding)
6. "Long Hot Summer Night" (Hendrix)
7. "Come On (Let The Good Times Roll)" (Earl King)
8. "Gypsy Eyes" (Hendrix)
9. "Burning Of The Midnight Lamp" (Hendrix)
10. "Rainy Day, Dream Away" (Hendrix)
11. "1983... (A Merman I Should To Be)" (Hendrix)
12. "Moon, Turn the Tides... Gently Gently Away" (Hendrix)
13. "Still Raining, Still Dreaming" (Hendrix)
14. "House Burning Down" (Hendrix)
15. "All Along The Watchtower" (Bob Dylan)
16. "Voodoo Child (Slight Return)" (Hendrix)

Grandes recordações

Quando eu fiz a postagem em 2006 ou 2007 - o ano, acreditem, já não lembro mais - falando dos históricos 500 km de Interlagos de 1972, fiquei devendo fotos.

Agora, espero não dever mais.

A Lola de Marinho Antunes pegou fogo após capotagem nos treinos: perda total

Os carros na hora do "larga": em primeiro plano o Chevron #33 de Paul Blancpain. Atrás, o Grac de Lionel Noghes. O carro #14 é o Porsche de Artur Peçanha. Ao fundo, o Ford GT40 com Paulão Gomes, o Momo de Gianpiero Moretti e o Avallone-Chrysler

Reinhold Joest dando uma volta no português Carlos Azevedo, que correu com Lotus 47

O Porsche 908/3 de Reinhold Joest, vencedor da prova

Luiz Pereira Bueno à frente de Joest: o "Peroba" chegou em segundo

Herbert Müller tocando a sensacional Ferrari 512: terceiro lugar

Nílson Clemente teve ótima perfomance no Avallone-Ford da escuderia Greco